
O Que é Esclerodermia?
Entenda as Causas, Sintomas e Tratamentos em Caruaru
A esclerodermia é um termo que abrange um grupo de doenças crônicas autoimunes caracterizadas pelo endurecimento da pele devido à produção excessiva de colágeno. Esse endurecimento pode afetar não apenas a pele, mas também articulações, músculos e, em casos mais graves, órgãos internos como pulmões, rins, esôfago e coração. A esclerodermia pode se manifestar de duas formas principais: a esclerodermia localizada (que afeta principalmente a pele) e a esclerose sistêmica (antigamente chamada de esclerodermia sistêmica), que envolve órgãos internos e é mais comum em mulheres por volta dos 40 anos.
Embora não tenha cura, o tratamento adequado pode aliviar os sintomas e retardar a progressão da doença, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Quando as paredes dos vasos se espessam, pode ocorrer um estreitamento do calibre (estenose), dificultando ou até bloqueando a passagem do sangue. Por outro lado, o enfraquecimento das paredes pode resultar em aneurismas, que são dilatações anormais dos vasos, com risco de ruptura. Além disso, quando os vasos pequenos são afetados, a inflamação pode atingir órgãos como os rins (causando nefrite), os pulmões (levando a sangramentos ou nódulos) ou os nervos (provocando neuropatias).
Causas da Esclerodermia
As causas exatas da esclerodermia ainda não são totalmente compreendidas, mas sabe-se que se trata de uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico ataca erroneamente os tecidos do corpo, levando à produção excessiva de colágeno. Fatores genéticos, exposição a produtos químicos, infecções por vírus ou bactérias e o uso de certos medicamentos também podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Tipos de Esclerodermia
A esclerodermia pode ser dividida em dois tipos principais:
1. Esclerodermia Localizada
Afeta principalmente a pele e é mais comum em crianças. Pode se manifestar de duas formas:
Morfeia: Caracterizada por placas de pele espessada e descolorida.
Linear: Aparece como faixas ou linhas de pele endurecida.
2. Esclerose Sistêmica
Afeta a pele e órgãos internos, como pulmões, rins, esôfago e coração. É mais comum em mulheres acima dos 40 anos e pode levar a complicações graves se não for tratada adequadamente.
Sintomas da Esclerodermia
Os sintomas variam conforme o tipo da doença, mas os mais comuns incluem:
Endurecimento e espessamento da pele;
Inchaço e rigidez nas mãos e dedos;
Fenômeno de Raynaud (dedos que ficam pálidos ou arroxeados em resposta ao frio ou estresse);
Manchas vermelhas ou escuras na pele;
Dificuldade para abrir a boca completamente;
Refluxo gastroesofágico e problemas digestivos;
Falta de ar e fadiga;
Perda de peso involuntária.
Complicações da Esclerodermia
Se não tratada adequadamente, a esclerodermia pode levar a complicações graves, como:
Úlceras nos dedos;
Dificuldade de movimentação das articulações;
Fibrose pulmonar (cicatrização dos pulmões);
Insuficiência renal;
Problemas cardíacos, como hipertensão pulmonar.
Tratamento da Esclerodermia
O tratamento da esclerodermia visa controlar os sintomas, retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente. As opções incluem:
Medicamentos: Imunossupressores, corticoides e vasodilatadores para melhorar a circulação sanguínea;
Fisioterapia: Para manter a flexibilidade das articulações e prevenir contraturas;
Cuidados com a pele: Hidratação e proteção contra o frio para evitar o fenômeno de Raynaud;
Transplante de medula óssea: Em casos selecionados e sob orientação médica.